Ao longo das últimas 72 horas (ver links em baixo) a implementação do acordo negociado em Doha, no Catar, com intermediação dos EUA e do Egipto, esteve periclitante devido à resistência do Governo israelita, que se dividiu sobre este processo, e do Hamas, devido à desorganização de procedimentos.

No entanto, mesmo com a demissão dos ministros mais radicais do Governo de Benjamin Netanyhau, o das Finanças, Bezalel Smotrich, e da Segurança Nacional, Bem Gvir, face a uma tremenda pressão norte-americana, por fim teve lugar aquilo que se espera que seja o começo do fim do genocídio em Gaza.

Apesar de o acordo elencar a libertação de pessoas em cativeiro de um e do ouro lado, os media internacionais focam-se substancialmente, com enviados especiais a Israel, nas três mulheres, Doron Steinbrecher, de 31 anos, Romi Gonen, de 24, e Emily Damari, de 28, que foram libertadas pelo movimento de resistência Hamas, que o ocidente considera um grupo terrorista.

No entanto, o dia de hoje, Domingo, 19, podendo ser o marco histórico que definira um antes e o depois de quase 15 meses de massacre israelita em Gaza, que começou com o assalto do Hamas ao sul do país, fazendo pelo menos 1200 mortos, pode não ser ainda o fim deste pesadelo no Médio Oriente.

Isto, porque o acordo está estruturado em três fases e a da troca dos cativos e o aumento do fluxo de ajuda humanitária para Gaza é a mais fácil de aplicar, ficando para mais tarde a questão do Governo futuro do território e, entre outros, da presença das forças israelitas nalgumas áreas do território.

Em Gaza e a Israel a maioria das pessoas rejubila com este momento, embora do lado israelita se condene a não libertação de todos os reféns levados pelo Hamas em Outubro de 2023.

A situação periclitante do Governo em Telavive, com um possível desmembramento devido às demissões, e a eventual queda de Netanyhau, é um dos eventuais entraves à prossecução do acordado em Doha.